18 de dezembro de 2024

Apresentação do Livro Branco das FinTech 2.0: a colaboração é o motor que permitirá que Espanha se torne uma referência na inovação financeira

AEFI

Juan José Gutiérrez, diretor corporativo do Cecabank, participou na apresentação do Livro Branco das FinTech 2.0 na "I Jornada sobre Regulamentação Financeira", organizada pela Associação Espanhola de FinTech e InsurTech (AEFI)

No âmbito da "I Jornada sobre Regulamentação Financeira", organizada pela Associação Espanhola de FinTech e InsurTech (AEFI) para apresentar o Livro Branco das FinTech 2.0, foram realizadas várias mesas redondas. Numa destas mesas, foi analisado o papel da colaboração e da cooperação no desenvolvimento de um ecossistema financeiro mais inovador, competitivo e inclusivo. O debate reuniu representantes das mais relevantes entidades do setor, como o Cecabank e a Mastercard, que são também os impulsionadores do Livro Branco, e a própria AEFI, que refletiram sobre os desafios e as oportunidades decorrentes do trabalho conjunto das FinTech e dos intervenientes tradicionais.

A mesa redonda salientou que a colaboração é uma ferramenta estratégica essencial para enfrentar os desafios com que o setor financeiro se depara. Um dos temas centrais do debate foi o papel da regulamentação, que foi considerada um dos principais obstáculos à inovação devido aos elevados custos de aplicação e à sua complexidade, particularmente na Europa. Os participantes concordaram que é absolutamente necessário avançar para um quadro regulamentar mais flexível que permita às FinTech desenvolverem todo o seu potencial e facilite a integração com as entidades tradicionais.

Colaboração, uma ponte para a inovação

Alberto López, vice-presidente de Cibersegurança e Soluções Inteligentes da Mastercard, destacou a forma como as FinTech transformaram o setor financeiro através da sua agilidade e capacidade de adaptação. Sublinhou a importância de flexibilizar os processos internos das grandes empresas para acompanhar estas empresas emergentes no seu crescimento e promover a sua internacionalização. Partilhou igualmente exemplos concretos de iniciativas impulsionadas pela Mastercard, tais como concursos internacionais concebidos para dar visibilidade a startups e PME com recursos limitados. "O essencial é adaptarmo-nos às suas necessidades específicas, criar valor partilhado e facilitar a sua integração e escalabilidade num mercado global competitivo", afirmou López.

Por sua vez, Juan José Gutiérrez, diretor corporativo de serviços tecnológicos do Cecabank, sublinhou o potencial das colaborações para gerar ecossistemas financeiros mais robustos e dinâmicos. Não obstante, salientou que os elevados custos regulamentares constituem um desafio que limita os recursos disponíveis para a inovação. "Tudo o que investimos em regulamentação não pode ser canalizado para melhorar o negócio ou explorar novas oportunidades", explicou, acrescentando que é fundamental ultrapassar esta barreira para que as entidades tradicionais se mantenham competitivas num ambiente globalizado.

Um ecossistema inclusivo e com impacto social

Em nome da AEFI, os vice-presidentes Silvia Escámez e Rodrigo García de la Cruz destacaram o papel crucial das FinTech na democratização do acesso aos serviços financeiros e na melhoria da educação financeira. Salientaram ainda que a cooperação não beneficia apenas as empresas FinTech, mas fortalece também as entidades tradicionais, que encontram nestas alianças uma fonte de inovação e novas oportunidades de negócio.

 A mesa redonda terminou com uma visão partilhada: A colaboração é o motor que permitirá que Espanha se consolide como uma referência na inovação financeira, mas, para tal, é essencial dispor de um ecossistema inclusivo e flexível que fomente o diálogo constante entre reguladores, empresas e entidades.

Na AEFI, continuamos a trabalhar para facilitar este caminho, promovendo a cooperação e defendendo um quadro regulamentar que impulsione a inovação e assegure o crescimento sustentável do setor FinTech em Espanha.

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