Cecabank impulsiona o diálogo sobre geopolítica e segurança junto ao Instituto Espanhol de Estudos Estratégicos

Cecabank impulsiona o diálogo sobre geopolítica e segurança junto ao Instituto Espanhol de Estudos Estratégicos

A conferência "Risco geopolítico e despesa com segurança" reuniu especialistas no domínio económico, institucional, académico e militar para analisar de que modo as tensões internacionais estão a transformar os modelos de segurança, as decisões de investimento e o comportamento dos mercados.

Os participantes abordaram questões fundamentais, como a transformação da ordem internacional, o papel estratégico da tecnologia na segurança nacional, a eficiência da despesa com defesa e os fatores geoeconómicos que influenciam a tomada de decisões estratégicas, bem como o seu impacto nos mercados de dívida.

Num contexto internacional marcado por tensões crescentes, conflitos ativos e ameaças híbridas, o risco geopolítico consolidou-se como um elemento central na tomada de decisões estratégicas. O aumento da despesa com segurança - tanto pública como privada - reflete a necessidade urgente de proteger pessoas, ativos, investimentos e infraestruturas face a um ambiente cada vez mais incerto e fragmentado.
Esta realidade está a impulsionar os governos e o setor empresarial a priorizar a autonomia estratégica em áreas fundamentais, como a defesa, a cibersegurança e a tecnologia, com repercussões diretas nos orçamentos, no setor industrial e nos mercados. A eficiência na despesa, a adaptação a novas ameaças e o papel da inovação tecnológica tornaram-se pilares fundamentais para garantir a segurança nacional e económica no século XXI.

Neste contexto, o Cecabank, banco grossista de referência em serviços de valores, tesouraria e pagamentos, e o Instituto Espanhol de Estudos Estratégicos (IEEE) - órgão do Ministério da Defesa integrado no CESEDEN - organizaram a conferência "Risco geopolítico e despesa com segurança", realizada no Hotel RIU Plaza España em Madrid. O encontro reuniu mais de 150 profissionais no domínio financeiro, institucional, académico e militar, com o objetivo de refletir sobre os desafios atuais e futuros em matéria de segurança, defesa, tecnologia e economia mundial.

A conferência foi apresentada por Raquel Cabeza, diretora corporativa de Riscos e Conformidade do Cecabank, e do General de Brigada Víctor M. Bados Nieto, diretor do Instituto Espanhol de Estudos Estratégicos (IEEE). Durante a abertura, a diretora corporativa de Risco e Conformidade do Cecabank, Raquel Cabeza, salientou: “Num ambiente global cada vez mais volátil, é essencial que o setor financeiro, o meio académico e as autoridades trabalhem em conjunto para criar uma visão multifacetada e completa dos riscos geopolíticos e antecipar as suas repercussões na segurança e na estabilidade financeira”.

Seguidamente, o General Bados proferiu a palestra inaugural intitulada "Chaves geopolíticas do século XXI", na qual analisou os principais vetores de transformação da ordem internacional, desde o auge de novas potências emergentes até ao impacto dos conflitos regionais, das tensões económicas e das ameaças híbridas.

A primeira mesa redonda, intitulada "Incertezas estratégicas e fatores de mudança geopolítica", foi moderada por Luis Soutullo, diretor financeiro corporativo do Cecabank, e reuniu especialistas com ampla experiência na análise de dinâmicas globais: Abel Romero Junquera, capitão de navio e analista principal do IEEE, ofereceu uma perspetiva estratégica sobre o papel do mar como elemento-chave na concorrência internacional, destacando a sua relevância no controlo das rotas comerciais, dos recursos e da projeção de poder; Alicia Coronil Jónsson, economista-chefe do Singular Bank, abordou as principais tendências geoeconómicas, como a fragmentação do comércio mundial, o impacto das tarifas e a reconfiguração das cadeias de abastecimento; E, por sua vez, Antonio Merino García, diretor de Estudos e economista-chefe da Repsol, analisou os desafios atuais em matéria de segurança energética e económica. Durante a sessão, o diretor financeiro corporativo do Cecabank, Luis Soutullo, sublinhou que: "As tensões geopolíticas são a origem dos principais episódios de volatilidade nos diferentes ativos financeiros dos últimos cinco anos e tornaram-se um elemento de risco a integrar e avaliar nos modelos de negócio das empresas, entidades financeiras e, em geral, em toda a esfera económica".

A segunda mesa redonda, "Quanto custa um exército moderno? Melhorar a segurança com uma despesa eficiente", foi moderada por Federico Aznar Fernández-Montesinos, capitão de fragata e analista principal do IEEE. O debate centrou-se na necessidade de otimizar os recursos destinados à defesa, num contexto de crescente exigência estratégica. Sebastián Puig Soler, coronel de intendência da Marinha, analisou as limitações orçamentais que os sistemas de defesa enfrentam, bem como os desafios operacionais e estratégicos que devem ser considerados para garantir uma despesa eficaz e sustentável. Por sua vez, Manuel Vila González, presidente do Cluster da Indústria de Defesa, destacou as necessidades do setor em matéria de inovação tecnológica, colaboração público-privada e planeamento a longo prazo.

A terceira e última mesa redonda, "Tecnologia e segurança nacional", foi moderada por Raquel Cabeza, diretora corporativa de Riscos e Conformidade do Cecabank. O debate centrou-se no papel transformador da tecnologia nos modelos de segurança e defesa, bem como nos novos riscos que o ambiente digital apresenta. Gonzalo León Serrano, professor emérito da Universidade Politécnica de Madrid, refletiu sobre o impacto da transformação tecnológica, salientando a forma como a inovação está a redefinir as capacidades operacionais e a gestão do risco a nível nacional e internacional. Por sua vez, Francisco Javier Roca Rivero, vice-almirante e comandante do Comando Conjunto do Ciberespaço, abordou os desafios que a cibersegurança apresenta no atual ambiente geopolítico, sublinhando a necessidade de uma estratégia nacional robusta e coordenada face às ameaças digitais.

A conferência foi encerrada por Ainhoa ​​​​Jáuregui, administradora do Cecabank, que enfatizou: "Hoje constatámos que o risco geopolítico já não é uma variável exógena, mas sim um fator estrutural que condiciona decisões estratégicas, orçamentais e de investimento", ao que acrescentou: "Neste cenário, o setor financeiro tem um papel fundamental, não só como facilitador de investimento, senão como agente que deve compreender, antecipar e gerir estes riscos emergentes”.

Esta intervenção encerrou uma conferência que evidenciou o modo como os riscos geopolíticos deixaram de ser uma preocupação exclusiva do âmbito político ou militar para se tornarem um fator determinante na estabilidade económica e financeira mundial. As recentes tensões internacionais não só se repercutem nos mercados, como também geram cenários de crescente incerteza, com implicações diretas na segurança, no investimento e na tomada de decisões estratégicas. Neste novo contexto, compreender e antecipar estes riscos tornou-se essencial para os governos, empresas e instituições que buscam proteger os seus ativos e garantir a sua resiliência num mundo cada vez mais volátil e fragmentado.

Cecabank, visão estratégica do mercado

O Cecabank adota uma visão estratégica especializada nos mercados financeiros, apoiada num sólido conhecimento técnico, numa vasta experiência operacional e numa capacidade analítica comprovada. Esta combinação permite-lhe desenvolver a sua atividade com solidez e critério nos diferentes segmentos do mercado financeiro.
Mantém um acompanhamento contínuo dos mercados nacionais e internacionais, com especial atenção à análise do sentimento do mercado, o que lhe permite tomar decisões informadas e adaptar-se a um ambiente em constante evolução.
A partir da sua sala de Tesouraria, o Cecabank opera nos principais mercados financeiros, negociando uma ampla gama de ativos - rendimento fixo, moeda estrangeira, rendimento variável e derivados - segundo critérios prudentes que garantem liquidez e solvência.
Como criador de mercado, participa em emissões do Tesouro Espanhol e colabora com a União Europeia no programa Next Generation EU. Além disso, é membro direto das principais Câmaras de Contrapartida Central (Meffrepo, LCH Paris, Eurex) e age como criador de mercado em futuros no BME, incluindo produtos como xRolling FX e índices e empresas do IBEX.

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