Juan José Gutiérrez, diretor corporativo de Cecabank, participou na apresentação do Livro Blanco FinTech 2.0 na I ‘Jornada sobre Regulamento Financeiro’, organizada pela Associação Espanhola de FinTech e InsurTech (AEFI)
No marco da I “Jornada sobre Regulamento Financeiro”, organizada pela Associação Espanhola de FinTech e InsurTech (AEFI) para apresentar o Livro Blanco de FinTech 2.0, se celebraram várias mesas redondas. Em uma delas, se analisou o papel da colaboração e a cooperação no desenvolvimento de um ecossistema financeiro mais inovador, competitivo e inclusivo. O debate reuniu a representantes de entidades chave no setor, como Cecabank, Mastercard, que são além disso os impulsores do Livro Blanco, e da própria AEFI, quem reflexionaram sobre os desafios e oportunidades que apresenta o trabalho conjunto entre as FinTechs e os atores tradicionais.
A mesa redonda evidenciou que a colaboração é uma ferramenta estratégica essencial para enfrentar os desafios que enfrenta a indústria financeira. Um dos temas centrais do debate foi o papel do regulamento, assinalada como uma barreira importante para a inovação devida aos elevados custos de implementação e a sua complexidade, particularmente na Europa. Os participantes coincidiram em que é imprescindível avançar para um marco normativo mais flexível, que permita às FinTechs desenvolver todo seu potencial e facilite a integração com as entidades tradicionais.
Colaboração, uma ponte para a inovação
Alberto López, vice-presidente de Cibersegurança e Soluções Inteligentes de Mastercard, destacou como as FinTechs transformaram o setor financeiro através da sua agilidade e capacidade de adaptação. Sublinhou a importância de flexibilizar os processos internos das grandes corporações para acompanhar a estas empresas emergentes no seu crescimento e fomentar a sua internacionalização. Além disso, compartilhou exemplos concretos de iniciativas impulsionadas por Mastercard, como concursos internacionais desenhados para dar visibilidade a startups e pequenas e médias empresas com recursos limitados. “A chave está em adaptar-se às suas necessidades específicas, criar valor compartilhado e facilitar a sua integração e escalabilidade em um mercado global competitivo”, afirmou López.
Da sua parte, Juan José Gutiérrez, diretor corporativo de serviços tecnológicos de Cecabank, incidiu no potencial das colaborações para gerar ecossistemas financeiros mais robustos e dinâmicos. Não obstante, apontou que os elevados custos reguladores supõem um desafio que limita os recursos disponíveis para a inovação. “Todo o que investimos em regulamento não podemos destinar-lo a melhorar o negócio ou explorar novas oportunidades”, explicou, acrescentando que superar esta barreira é chave para que as entidades tradicionais possam continuar sendo competitivas em um entorno globalizado.
Um ecossistema inclusivo e com impacto social
Por parte da AEFI, os vice-presidentes Silvia Escámez e Rodrigo García da Cruz destacaram o papel crucial das FinTech na democratização do acesso aos serviços financeiros e na melhoria da educação financeira. Além disso, apontaram que a cooperação não só beneficia às companhias FinTechs, senão que também fortalece às entidades tradicionais, que encontram nestas alianças uma fonte de inovação e novas oportunidades de negócio.
A mesa redonda concluiu com uma visão compartilhada: a colaboração é o motor que permitirá à Espanha consolidar-se como um referente em inovação financeira, mas para isso, é imprescindível um ecossistema inclusivo e flexível que fomente o diálogo constante entre reguladores, empresas e entidades.
Desde a AEFI, continuamos trabalhando para facilitar este caminho, promovendo a cooperação e defendendo um marco regulador que impulsione a inovação e garanta o crescimento sustentado do setor FinTech na Espanha.